terça-feira, 17 de maio de 2011

Valter Ferreira de Azevedo



Ah... se a ironia do destino não estragasse tua carne
Se a sabedoria do Criador não buscasse teu sopro
E desse rumo a teus sentimentos e sentidos

Se o ar que se expande, embora não te visse, te tocasse
E o raio solar te encontrasse entre nós
Se meus olhos caminhassem por teu rosto;

Se meu corpo sentisse teu calor, e não fosse sonho, mais uma vez...
Se pudesse te abraçar com vida tão forte quanto a morte
Assim te teria de volta!

Pois já não é meu e nunca foi...
Pois já não se vive, já se foi...
Buscarei de ti o que puder em mãos;

E das saudades as lembranças será a nossa ligação.
Quem me dera meus cinco anos fosse agora
Pra não sofrer melancolia de outrora... 

E reviver tempos difíceis
Em que tua ausência 
Se firmou.

O choro morre... a dor se vai...
Mas comigo, tu fica;
Saudoso e querido pai.