Digo-te além que sou uma talha;
Uma talha oca de pedra.
Digo também que aqui dentro dela;
Ressoa o eco do que não há nela.
Seguindo profundo lhe direi em segundo;
Que sem eira nem beira aqui vive um odre;
Envolto num Sangue;
Totalmente nobre!
Seguirei eu, então, rumo a distância;
A procura de um vinho novo;
Que ão de derramar no odre;
E sobre a talha, o seu renovo...
Pois, sobre tudo, em carne eu parti...
Fui crucificado enfim...
Pois já não sou eu quem vive;
Mas Cristo vive em mim.
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